top of page
  • Foto do escritor: Psicólogo Rudi Maciel
    Psicólogo Rudi Maciel
  • 27 de ago. de 2019
  • 4 min de leitura

Atualizado: 28 de ago. de 2019




De um jeito ou de outro, somos todos pecadores, não há nenhum santo nessa terra que já não tenha errado, pecado ou agido com hipocrisia. Até mesmo Jesus Cristo em um momento de fúria afugentou os mercantes do templo.

Isso me faz crer que ninguém tem moral para obrigar alguém a "fazer isso" ou "fazer aquilo". Entretanto, a experiência comum, bem como estudos científicos baseados em testes e fatos conseguem nos ensinar coisas que nos permitem que aprendamos algo sem a necessidade de "errar". E esse ensinamento puro e de certo nível de empatia vem sendo rechaçado por muitos brasileiros, ainda mais agora quando temos um Brasileiro Presidente que usa da ideia da moralidade como um "argumento válido" para desmerecer toda e qualquer atitude de auxilio, empatia de alguém que já fez merda e tenta reparar na medida do possível o possível erro do outro.


Se a Alemanha vem falar pra tomarmos cuidado com nazismo e fascismo, é porque ela conhece e sabe os males que isso faz.

-Mas ai vem o Br e diz: "Quem você é pra dizer que a gente tem que respeitar as diferenças se vocês mataram tantos judeus?"


Se uma mulher, homossexual ou negro vem falar sobre igualdade de direitos, discriminação, preconceito, de que existem muitos privilégios para nós homens, é porque sabe pelo que passa uma mulher.

-Mas ai vem o Br e diz: "Quem é você pra dizer que eu tenho privilégios? Eu nunca fiz nada contra mulher alguma, eu nunca fui racista, eu até tenho amigos negros, eu não tenho culpa pelo que meus antepassados fizeram, eu não tenho nada contra gays, só não façam isso na minha frente; vocês tão querendo é privilégios, querem estar acima de todos".


Se o Papa repete as palavras de um jovem Galileu que diz "Amai aos outros como ama a si mesmo". "Ame ao próximo" é porque passa um ensinamento e conhece a dor da descrença, da discriminação e da falta de fé.

-Mas ai vem o Br e diz "Mas o papa está errado, quem ele pensa que é? Gay nem é gente..."

Se a Europa toda que destruiu toda as suas reservas florestais em prol da ganância e do lucro, nos avisam agora, é porque hoje percebem o erro que cometeram, e não querem que a gente faça o mesmo com a nossa floresta.


Se um adicto do cigarro vem dizer para você que "Cigarro dá câncer", é porque sabe dos maleficios do cigarro e se preocupa o suficiente contigo para que você não faça o mesmo que ele.

-Mas ai vem um Br e diz: "Quem você pensa que é? Você fuma e querendo dar lição de moral, ah me deixa!"


O brasileiro parece ter se tornado um ser da verdade absoluta que acredita estar correto o tempo todo e que a unica forma de aprender algo é tomando no cu bonito, só assim volta atrás, quando volta. E só dá ouvidos há alguém que avisa sobre um perigo se essa pessoa for imaculada, ou nem assim adianta.


Tentando explicar de outra forma:

Um ser outrora colocou a mão na tomada e levou um choque. Eu assim o vi, e fiquei com medo de tomar o mesmo choque que ele levou. Meu terror foi tanto que passei a divulgar para todos que "Colocar a mão na tomada dá choque" e desde então, ninguém mais colocou a mão.

Entretanto, há aqueles que não acreditarão na minha palavra e colocarão a mão e perceberão por experiência própria aquilo que já estava sendo dito: Dá choque.

Até aí, somos todos livres para desconfiar, questionar, duvidar. Você pode, você tem esse direito. Não obstante, a liberdade de suas ações terminam onde inicia a do outro. E se você quer acreditar que "não dá nada queimar uma floresta inteira" você vai ter que brigar contra aqueles que dizem que "queimar a floresta vai dar ruim, ouve o que eu to te falando".

Quem está certo? Quem está errado? No fim, muito só se sabe depois que acontece.

Talvez queimar todas as árvores do planeta não mude em nada a sua vida nem a vida de ninguém, nem dos animais. Talvez a terra seja realmente plana. Talvez queimar tudo fará

que a raça humana seja praticamente extinta e que poucos sobrevivam, que a fauna e flora entrem em colapso e o ser humano entenderá que "puta que pariu o que a gente fez?".


Aquilo que alguém te passa como "conselho" nada mais é que a experiência ou visão do outro sobre o mesmo assunto. Essa visão pode ser baseada em estudos, ou simplesmente pela sua crença e experiência de vida. Dizer "Você não tem moral pra me julgar" apenas parece um argumento que coloca todos no mesmo saco (o que não é mentira, afinal, todos erramos em algum nível) porém retirando de mim a responsabilidade dos meus atos simplesmente por que "o outro também erra". E isso cria uma corrente infinita de erros e erros com consequências que sabê-se-lá onde vão parar. Ou até se sabe quais são as consequências, mas nem todo mundo ouve ou acredita.


No momento em que eu uso o argumento "Você não tem moral pra me dizer isso" você ao mesmo tempo que invalida a informação do outro, também coloca em si uma justificativa de que "eu posso fazer o que eu quiser" sem me preocupar com as consequências, afinal, "todo mundo erra". O problema é que usar esse argumento quebra qualquer forma de debate. (Inclusive de uma maneira grossa por que é um argumento Ad hominen)


Você é livre para acreditar no que quiser, duvidar, questionar e ser teimoso contra o óbvio ou contra aquilo que fora dito, desde que isso não FODA COM A VIDA ALHEIA. Do contrário você passará por uma experiência horrível de remorso em busca de perdão e aprendizado por decisões e ações tomadas que muitas vezes são irreversíveis.


E antes que você diga "Ah rudi, feminazi nem é gente, tem negro que é isso, gay que é aquilo".

Relembro-te que estupidez é coisa de gente. Tem homem estúpido, mulher estúpida, gay estúpido, hétero estupido, branco estúpido, negro estúpido, e nenhum desses deve assumir o cargo de presidência. De qualquer forma, generalizar UMA pessoa estúpida como "o grupo é estúpido" também é uma atitude estúpida.


Agora caso você seja daqueles que generaliza por preguiça mental ou/e alguém desprovido de empatia, bom, esse texto de nada vale pra você.


Cuide-se! (GARNIER)


 
 
 
  • Foto do escritor: Psicólogo Rudi Maciel
    Psicólogo Rudi Maciel
  • 30 de set. de 2018
  • 2 min de leitura

Em linhas gerais, o sujeito humano está sempre tentando encontrar um objeto capaz de preencher seu vazio existencial. Nesse movimento, encontra e elege um objeto, elevando-o à categoria de ideal, (ideal que pode estar representando uma pessoa, um país, uma causa), acreditando que esse ideal poderá tamponar sua falha estrutural.



Entretanto, tal vazio é impreenchível [...] [...] o sujeito é marcado por uma falta e essa falta, esse vazio, é o que institui o desejo, responsável por impulsioná-lo na vida em busca de uma causa, um sonho, algo que dê sentido a sua existência. Na incessante procura de preencher sua falta estrutural, o sujeito idealiza um objeto, com o qual se liga, experimentando a falsa ideia de completude (RIGO, S. C. 2013).


Tratando que o dito acima seja verdade. Significa que o tempo todo usamos descaradamente o outro para satisfazer a nós mesmos?

Vale algumas reflexões: A primeira é, se isso é verdade, a sensação de usar e ser usado é inerente, tal sensação ocorrerá em todo e qualquer relacionamento com 1 ou mais pessoas. Não obstante, na validação dessa teoria, todos somos culpados de "usar e sermos usados".

Agora, isso significa que tal atitude é errada? De maneira alguma, se todos fazemos isso, não há motivo para culpar/julgar alguém por tal ato.



A partir disso, penso que para que alguma relação dure, seja ela tangenciada por amizade, por paixão ou amor, ela precisa partir de uma via de mão dupla, consciente na qual um preencha o vazio do outro. Isso requer extremo esforço mental para ir contra a lógica inconsciente de que apenas preencheremos o nosso buraco e ignoraremos o vazio alheio.

Não é, e nunca foi uma tarefa fácil, e talvez é nas horas mais sombrias em que os indivíduos mostram-se até onde estão dispostos e/ou são capazes de realizar tais tarefas: exigir o tamponamento de seu vazio e dispor-se a preencher o outro.


Ultimamente venho tendo várias reflexões baseadas em leituras de artigos. Deixo claro que trata-se apenas de uma hipótese, uma ideia, que pode ou não explicar algo, podendo fazer sentido ou não, e jamais, em hipótese alguma, coloca-la como verdade absoluta.


Pois certezas só há duas: A primeira é a morte, e a segunda é o show da virada do Roberto Carlos na TV Globo. Fora isso, vivemos em uma mar de incertezas na qual a única maneira é arriscar, sofrer, aprender, evoluir, replanejar, arriscar...

EU TENHO QUE PARAR DE TOMAR ESSAS CAPSULAS DE CAFEÍNA!.

 
 
 
  • Foto do escritor: Psicólogo Rudi Maciel
    Psicólogo Rudi Maciel
  • 29 de set. de 2018
  • 2 min de leitura

Diz-se que somos seres racionais, àquele que está no topo da cadeia alimentar, todo de capacidade raciocínio sobre nossos próprios pensamentos, sentimentos e ações. Contudo, ainda somos primitivos o bastante para pensar, sentir e agir de uma maneira retrograda.


A capacidade humana é sem limites, podemos fazer tudo, porém, já parou pra perceber que quando ficamos muito tempo embaixo d'água nossa mão enruga? Isso é uma característica adaptativa natural e muito antiga ainda do nosso genoma, onde nossos ancestrais (bem antigos, antes ainda do homo sapiens sapiens) na qual o enrugar dos dedos permite-nos agarrar qualquer coisa mais fácil dentro de rios e lagos, bem como escoar a água de maneira mais simples, do que se nossas mãos estivessem lisas. Dizendo de outra forma, nosso corpo ainda reage muito de como a milhares de anos atrás.


Nessa perspectiva, a maneira com que sentimentos (ou deixamos de sentir) nossas emoções também podem ser muito remotas. Diante qualquer estímulo, a parte do cérebro responsável pelas emoções (sistema límbico) encontra-se abaixo da parte racional (o córtex pré frontal), dessa forma, o estímulo primeiro atinge a parte emocional, na qual geramos uma emoção, e, só depois, passamos a possibilidade de perceber e raciocinar sobre aquilo que começamos a sentir e expressar.


Isso pode significar que a maneira em que pensamos, sentimos e agimos seja tão antiga que em algum momento, diante da necessidade de evolução, algumas pessoas sintam, pensem e ajam de maneira diferente, levando a um destoamento de si próprio em relação "ao outro".


É apenas uma hipótese, e não sou capaz de dizer se isto é bom ou ruim, mas se a capacidade de sentir está comprometida, isto é, hoje a razão é tão afiada que não permite-nos sentir, ou, a razão é tão vaga que a emoção se sobressai a todo momento, algo está errado e vê-se uma involução.


Do contrário, se essa "confusão" no pensar, sentir e agir seja um modo diferente, evoluída, fluída, e, diz-se confusão apenas por que talvez quem "evoluiu" sinta-se diferente pela necessidade de inclusão na sociedade, talvez aqui encontramos uma nova forma de ver através da essência humana.


"A sociedade avança, a sociedade muda" é o que dizem, mas se nós somos a sociedade, nós mudamos, nós progredimos ou regredimos, logo, o que somos, a visão de mundo e de como devemos, no que tange a pensamento, sentimento e ação também tendencia-se a mudança.


A pergunta que fica é, evoluímos, ou involuímos como seres humanos?


REFLEXÃO DA MADRUGA APÓS TOMAR UM STOUT (Chop escuro de grão tostado, com aroma e gosto de café, 4,8% de teor alcólico e 25 de amargor).

 
 
 
café_cerebro
bottom of page